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Afinal, o que é depressão e qual a diferença entre ela e a tristeza?

  • Foto do escritor: Kaena Garcia Henz
    Kaena Garcia Henz
  • 14 de jan. de 2022
  • 3 min de leitura

Atualizado: 16 de mai. de 2022

Fala-se muito nas mídias sobre depressão, especialmente desde 2017, quando foi ao ar no Netflix a série 13 Reasons Why. Na época, discussões giraram em torno de sobre o quão adequada a série era, se não estimularia o as pessoas a pensarem em suicídio e também sobre a importância de falar sobre esse tabu. Fato é que, desde então, campanhas como Setembro Amarelo e Janeiro Branco parecem que ganharam mais visibilidade em redes sociais. Para um assunto que era difícil abordar até então, já é um começo. Mas por vezes a discussão fica muito rasa e há, em algumas situações, uma confusão sobre os sintomas depressivos, os processos que os desencadeiam e como lidar de forma adequada com os sintomas.


Para fins de compreensão, a depressão é um transtorno mental que apresenta alguns sintomas, como:

  • Falta de apetite ou aumento de apetite

  • Insônia ou hipersonia

  • Apatia

  • Tristeza profunda

  • Diminuição ou perda da libido

  • Pensamentos de morte

  • Choro excessivo

  • Irritabilidade

  • Agitação ou lentidão dos movimentos

  • Sentimentos de inutilidade e culpa excessiva

  • Dificuldades de manter a concentração/atenção

Estar deprimido é diferente de estar triste ou estar num processo de luto (pela perda de uma pessoa, términos de relacionamentos ou perda de emprego).

A depressão é classificada como um transtorno mental. Entende-se por transtorno mental todo conjunto de sintomas que não é possível estabelecer uma causa orgânica direta.

Por exemplo: ter colesterol alto é uma doença causada pelo sedentarismo, tabagismo e/ou consumo excessivo de gorduras; já a depressão pode ser ocasionada por diversos fatores. O Transtorno Depressivo Maior pode ser desencadeado por algum trauma na infância, término de relacionamento, desregulações neuroquímicas, crises financeiras, interações com outros medicamentos ou relacionamentos abusivos (só citando alguns exemplos). Ainda é importante acrescentar que nem todas as pessoas que enfrentam situações difíceis necessariamente passaram ou passarão por um processo depressivo, pois para desenvolver o quadro, deve se considerar ainda outros fatores (como rede de apoio, histórico familiar, contexto social, gênero, sexualidade, etc). Percebeu que não é tão simples quanto o colesterol, né?


Mesmo com a sua complexidade, a depressão é um quadro possível de reverter se cuidada de forma adequada. Quadros mais leves de depressão podem ser tratados com um conjunto de fatores, como a psicoterapia com um psicólogo ou psiquiatra, práticas de exercício físico, momentos de lazer e uma alimentação adequada. Já quadros mais moderados a graves, deve-se considerar um acompanhamento psiquiátrico para o início do tratamento medicamentoso. A medicação nessas situações auxilia na regulação da química do nosso cérebro, o qual na depressão deixa de produzir algumas substâncias importantes que auxiliam na nossa motivação e regulação das emoções.



Mas afinal, eu me sentir triste significa que posso estar deprimido (a)? Primeiro ponto: um quadro de depressão precisa ter necessariamente 5 ou mais dos sintomas listados acima por um período de, no mínimo, duas semanas. Em segundo lugar,

a tristeza é uma emoção, não um transtorno. Ela é inclusive importante e necessária, pois é uma emoção que nos ajuda a voltarmos para dentro de nós mesmos, reorganizarmos nossas emoções e disponibilizar um tempo de autocuidado.


Sim, sentirmo-nos tristes muitas vezes é desconfortável e dolorido, especialmente quando essa tristeza está relacionada a perdas importantes. Mas se não disponibilizamos uma atenção devida e vivenciamos a tristeza, esquivar e esconder-se dela pode gerar um problema ainda maior, como a depressão.


Logo, para ter um relação saudável com a tristeza, escutá-la é fundamental. Contudo, muitas vezes não sabemos muito bem como fazer isso. Uma dica é: quando sentir-se triste, pense um pouco e escute o que você tem vontade de fazer neste momento para lhe deixar mais confortável até esse desconforto passar. Dormir, ver uma série, conversar com um amigo ou chorar? Cada um lida de uma forma diferente. O que importa é que você se sinta bem e a forma que você lida com a tristeza não lhe prejudique. Se nesse processo algum pensamento ruim lhe vier ou você percebe que está difícil lidar com essa emoção, busque ajuda de um profissional da psicologia ou psiquiatria adequado, pois você não precisa passar por isso sozinho(a).







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Psicóloga Kaena Garcia Henz

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